A influência das redes sociais na nossa relação com a comida e com o corpo
- emmamarcon

- 6 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 7 dias

As redes sociais fazem parte da nossa vida. Acordamos e já rolamos o feed, passamos horas no Instagram, no TikTok, no Threads… e, sem perceber, estamos o tempo todo sendo expostos a corpos “perfeitos”, receitas “fit” milagrosas e promessas rápidas de emagrecimento.
Esse excesso de informação pode até parecer inofensivo, mas a verdade é que ele tem um impacto profundo na nossa relação com a comida e com o corpo. Muitas vezes, em vez de motivar, gera culpa, comparação e insatisfação.
Como as redes sociais moldam nossa percepção do corpo
Quando vemos fotos de corpos esculturais ou transformações “antes e depois”, nosso cérebro tende a interpretar como se esse fosse o padrão esperado. O problema é que a maior parte desses conteúdos é editada, filtrada ou mostra apenas uma parte da realidade.
O resultado?
Sentimentos de inadequação.
Comparação constante.
Baixa autoestima.
Criação de metas irreais.
A cultura da dieta nas redes
Não faltam perfis e anúncios vendendo a ideia de que basta seguir uma “dieta milagrosa” para emagrecer rápido. Essa exposição constante à cultura da dieta:
Normaliza a restrição alimentar extrema.
Incentiva a visão da comida como inimiga.
Reforça a ideia de que o corpo só vale se estiver magro.
Esse cenário é terreno fértil para o surgimento de comer emocional, compulsão alimentar e transtornos alimentares.
O impacto emocional
O que começa como uma simples rolagem de tela pode virar um gatilho poderoso. Estudos mostram que a exposição contínua a padrões corporais irreais aumenta a chance de:
Ansiedade.
Depressão.
Transtornos de imagem corporal.
Relação conturbada com a alimentação.
Como usar as redes sociais de forma mais saudável
As redes sociais não são “vilãs”. O problema está em como nos relacionamos com elas. Algumas estratégias que podem ajudar:
Curadoria do seu feed: siga perfis que falem de saúde de forma realista, sem reforçar culpa ou padrões inalcançáveis.
Filtro emocional: lembre-se de que o que aparece no feed não é a vida inteira de ninguém, apenas recortes.
Autoconhecimento: perceba como certos conteúdos te afetam. Se despertam comparação ou culpa, talvez não mereçam espaço.
Tempo consciente: limite o tempo gasto em redes para evitar sobrecarga de estímulos.
O papel da psicologia
Na terapia, é possível desenvolver uma relação mais crítica com as redes e com a própria imagem. A psicologia ajuda a:
Desconstruir crenças rígidas sobre corpo e alimentação.
Reduzir o impacto da comparação social.
Reforçar valores pessoais em vez de padrões externos.
Construir uma autoestima baseada em quem você é, não no que aparece no feed.
As redes sociais fazem parte da nossa rotina, mas não precisam ditar como nos sentimos em relação ao corpo e à comida. Ao olhar para elas de forma mais crítica e consciente, podemos transformar o feed em um espaço de inspiração, e não de comparação.
Cuidar da relação com as redes é também cuidar da saúde emocional e da forma como nos alimentamos. Se esse tema pesa pra você, a psicologia pode ser uma aliada para trazer mais leveza e equilíbrio. Saiba que não está sozinho. Buscar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.




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